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sexta-feira, 26 de junho de 2015

PARACELSO - HOMEOPATIA, MITO E LENDA DOS ELEMENTAIS


 Louco, Mago ou Visionário?

Paracelso é o pseudônimo de Phillipus Aureolus Theophrastus Bombastus Von, médico, alquimista, físico e astrólogo, fundador da bioquímica. Um visionário da medicina homeopática.

Seu pai, Wilhelm Bombast era médico e alquimista e seu avô, Grão Mestre da Ordem dos Cavaleiros de São João. Era um homem gago, de baixa estatura e corcunda que, aos três anos de idade perdeu sua genital devido ao ataque de um porco.

Seu pai, por ser médico e alquimista, manipulava ervas usadas para curar os enfermos, dessa maneira tomou gosto pela alquimia e a medicina.
Como médico, viajou muito e por onde passou foi adquirindo conhecimentos sobre a manipulação de produtos químicos. Conhecido como "o médico dos pobres". 

Foi o cientista mais polêmico que se têm notícia, considerado um louco, mágico ou demente, seu trabalhou foi classificado por muitos, como não científico.
Enquanto para muitos alquimistas o sonho era transformar metal em ouro, Paracelso utilizou a alquimia para criar medicamentos.

Paracelso morreu aos 47 anos de idade, após ter sido internado em uma clinica, enlouquecido e afirmando ter fabricado o Elixir da vida, a causa da morte não é certa, mas dizem que foi devido a uma infecção causada por um ferimento.
Deixou uma coleção de tratados médicos e trinta e dois artigos e ilustrações, com previsões até o ano de 2106.


sexta-feira, 13 de março de 2015

JOHANNES KEPLER - EM HARMONIA COM O COSMO



“Dificilmente alguém poderá ensinar Alquimia em uma sala de aula porque ela é, em essência, uma disciplina secreta, tradicional e iniciativa. 

O caráter secreto da Alquimia deve-se à obediência a antigas recomendações que mandam jamais revelar – de forma escrita ou verbal – a real natureza daquilo que os alquimistas chamam matéria-Prima, Fogo Secreto. 

Mercúrio Filosófico. Isso o estudante de Alquimia deverá descobrir sozinho lendo, meditando e orando. Fica excluída dessa forma, qualquer possibilidade de ensinamento público.”

Kepler, J. (Harmônica Mundi, livro V, cap. 10)



CIENTISTA E MÍSTICO

Ao comentar seu papel na criação da física moderna, o inglês Isaac Newton (1642 – 1727) afirmou que, se enxergara longe, foi por ter subido nos ombros de gigantes. Referia-se ao italiano Galileu Galilei (1564 – 1642), ao alemão Johannes Kepler (1571 – 1630) e ao francês René Descartes (1596 – 1650).




Nesse poderoso acorde, Kepler parece soar como uma nota fora do tom. Racionalistas, reducionistas, mecanicistas, Galileu e Descartes são já pensadores tipicamente modernos. Kepler é outra coisa. O escritor Arthur Koestler o comparou a Jano, o deus bifronte dos romanos. Com uma das faces, contemplaria o passado, os mundos medieval e renascentista, saturados de símbolos e valores espirituais. Com a outra, encararia o futuro, a fria racionalidade da era moderna.



A obra de Kepler é uma construção barroca que combina teologia e matemática, hermetismo e física, astrologia e astronomia, especulações místicas e observações rigorosas




“Klepler foi um dos últimos homens medievais. 
Se sua visão de ciência tivesse triunfado é possível que não tivéssemos produzidos as maravilhas e os horrores tecnológicos de hoje. 
Ao invés disto, os cientistas seriam místicos contemplativos, andando em companhia de teólogos e músicos. 
Isto não aconteceu – não sei se felizmente ou infelizmente...”

Rubem Alves – Filosofia da Ciência



Não foi uma façanha menor de Newton ter colhido, nesse emaranhado de ideias, as três leis keplerianas do movimento planetário, com as quais construiu sua teoria da gravitação universal [leia mais para frente, no bloco intitulado “As três leis”]. Colheu também a desconfortável sugestão de que tais leis seriam resultado da atração à distância entre o Sol e os planetas, uma ideia que recendia a astrologia e alquimia, em tudo repugnante para a mentalidade moderna.

Embora se dedicasse à alquimia e a outras “ciências ocultas”, Newton, representante máximo da geração científica posterior, tinha o cuidado de ocultar seu ocultismo, oferecendo ao público uma ciência irretocavelmente racionalista. Mesmo assim, enfrentou não poucas críticas vindas dos mecanicistas mais exacerbados. Kepler, ao contrário, misturava tudo. O esforço gigantesco que o levou a descobrir suas três famosas leis foi alimentado, durante décadas, por uma ideia fixa de natureza mística, ideia que se transformou em verdadeira obsessão.



Uma obsedante inspiração – continue lendo: AQUI