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sexta-feira, 13 de março de 2015

JOHANNES KEPLER - EM HARMONIA COM O COSMO



“Dificilmente alguém poderá ensinar Alquimia em uma sala de aula porque ela é, em essência, uma disciplina secreta, tradicional e iniciativa. 

O caráter secreto da Alquimia deve-se à obediência a antigas recomendações que mandam jamais revelar – de forma escrita ou verbal – a real natureza daquilo que os alquimistas chamam matéria-Prima, Fogo Secreto. 

Mercúrio Filosófico. Isso o estudante de Alquimia deverá descobrir sozinho lendo, meditando e orando. Fica excluída dessa forma, qualquer possibilidade de ensinamento público.”

Kepler, J. (Harmônica Mundi, livro V, cap. 10)



CIENTISTA E MÍSTICO

Ao comentar seu papel na criação da física moderna, o inglês Isaac Newton (1642 – 1727) afirmou que, se enxergara longe, foi por ter subido nos ombros de gigantes. Referia-se ao italiano Galileu Galilei (1564 – 1642), ao alemão Johannes Kepler (1571 – 1630) e ao francês René Descartes (1596 – 1650).




Nesse poderoso acorde, Kepler parece soar como uma nota fora do tom. Racionalistas, reducionistas, mecanicistas, Galileu e Descartes são já pensadores tipicamente modernos. Kepler é outra coisa. O escritor Arthur Koestler o comparou a Jano, o deus bifronte dos romanos. Com uma das faces, contemplaria o passado, os mundos medieval e renascentista, saturados de símbolos e valores espirituais. Com a outra, encararia o futuro, a fria racionalidade da era moderna.



A obra de Kepler é uma construção barroca que combina teologia e matemática, hermetismo e física, astrologia e astronomia, especulações místicas e observações rigorosas




“Klepler foi um dos últimos homens medievais. 
Se sua visão de ciência tivesse triunfado é possível que não tivéssemos produzidos as maravilhas e os horrores tecnológicos de hoje. 
Ao invés disto, os cientistas seriam místicos contemplativos, andando em companhia de teólogos e músicos. 
Isto não aconteceu – não sei se felizmente ou infelizmente...”

Rubem Alves – Filosofia da Ciência



Não foi uma façanha menor de Newton ter colhido, nesse emaranhado de ideias, as três leis keplerianas do movimento planetário, com as quais construiu sua teoria da gravitação universal [leia mais para frente, no bloco intitulado “As três leis”]. Colheu também a desconfortável sugestão de que tais leis seriam resultado da atração à distância entre o Sol e os planetas, uma ideia que recendia a astrologia e alquimia, em tudo repugnante para a mentalidade moderna.

Embora se dedicasse à alquimia e a outras “ciências ocultas”, Newton, representante máximo da geração científica posterior, tinha o cuidado de ocultar seu ocultismo, oferecendo ao público uma ciência irretocavelmente racionalista. Mesmo assim, enfrentou não poucas críticas vindas dos mecanicistas mais exacerbados. Kepler, ao contrário, misturava tudo. O esforço gigantesco que o levou a descobrir suas três famosas leis foi alimentado, durante décadas, por uma ideia fixa de natureza mística, ideia que se transformou em verdadeira obsessão.



Uma obsedante inspiração – continue lendo: AQUI


domingo, 10 de novembro de 2013

HERMETISMO - O QUE É RESERVADO

Foto: Reprodução


O Hermetismo na atualidade é o conglomerado de conhecimentos que muitas instituições possuem, ou dizem possuir, e cujas origens são atribuídas a Hermes. Hermes, considerado como um deus do Panteão da Antiga Grécia, recebeu o mérito de ser o autor desses conhecimentos, mas na verdade eles foram trazidos até ao atual ciclo de civilização, no antigo Egito por Thoth também considerado um deus no Antigo Egito.


A divindade de Hermes provém da introdução do deus Toth na religião grega. Toth é um deus egípcio que simboliza a lógica organizada do universo. Ele é relacionado com o ciclo lunar que expressa nas suas fases a harmonia do universo. Como o deus da sabedoria, o Toth foi designado como escritor de uma série de textos sagrados egípcios que descrevem os segredos do universo. Os textos Herméticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga religião egípcia.



Como todos os deuses egípcios o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a sua adoração espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermópolis. Com o estabelecimento da dinastia ptolomaica naquela região os Gregos imigraram também para a cidade sagrada de Toth. Desta imigração de gregos advém a identificação de Hermes com Toth.



Como a origem dos conhecimentos herméticos datam de alguns milhares de anos, é natural que durante a sua existência tenham ocorrido transformações profundas, tanto no que diz respeito a aspectos organizacionais como no contexto dos próprios ensinos. Disto resultou um grande número de organizações no passado assim como no presente intituladas de "Ordem Hermética".



O Hermetismo cobre um vasto leque de conhecimentos, é muito abrangente por compreender um somatório de conhecimentos acumulados ao longo de milhares de anos e que pertenceram a várias civilizações.
O Hermetismo é à base de todo o misticismo ocidental. Nenhuma organização pode dizer que não tem o Hermetismo como base, seja ela a Alquimia, a Cabala, a Magia, a Maçonaria, e muitas outras, juntamente com todas as religiões, direta ou indiretamente, são "filhas" do Hermetismo.


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Os princípios básicos do hermetismo são:

• Mentalismo - “O Todo é Mente, O Universo é Mental”
• Correspondência - “O que está em cima é o que está em baixo, e o que está em baixo é como o que está em cima”

• Vibração - “Nada está parado tudo se movimenta”

• Polaridade – “Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto”

• Ritmo - “Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem marés; tudo sobe e desce, tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda, o ritmo é a compensação”

• Causa e Efeito – “Toda a causa tem o seu efeito, todo o efeito tem a sua causa; tudo acontece de acordo com a lei; o acaso é simplesmente um nome dado a uma lei desconhecida; há muitos planos de causalidade, porém nada escapa à lei”

• Gênero – “O gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e feminino; o gênero manifesta-se em todos os planos.

Sempre existiram muitas organizações que se intitularam de Sociedade, ou de Ordem Hermética, e também na atualidade. Muitas trazem ensinamentos autênticos, embora algumas atribuam o nome "hermética" a conceitos de grupos ou meras fantasias.