A ALQUIMIA INTERIOR
FRC Aleph
Introdução
Na Idade Média, surgiram escritos ocultistas
correlacionados a alquimia, advindos de sociedades secretas que diziam ter
conseguido a reprodução da Pedra Filosofal, bem como a confecção do Elixir da
Longa Vida. Tais sociedades, muitas vezes grafavam em pranchas iconoclásticas e
em textos simbólicos, os procedimentos descritivos das vias, dos processos e
elementos utilizados para atingir a Magnum
Opera, tentando dar um caminho gnósticos a possíveis buscadores, de forma a
isolar os chamados sopradores. Estes registros se tornaram muitas vezes
indescritíveis para o leigo, parecendo até mesmo para sérios estudiosos
ocultistas, verdadeiros solilóquios indecifráveis, ou grandes embustes.
A maneira descritiva dos alquimistas medievais revelava um caminho solitário, fruto do desvelamento místico que o buscador opera na medida em que se aproxima do encontro com o Sagrado Anjo Guardião. Neste encontro, o simbolismo místico interior, flui por sua própria via, desvelando para a consciência objetiva, o trabalho alquímico subjetivo de retorno a fonte de vida universal. A este processo, Carl Gustave Jung chamou de individuação, termo psicológico que representa a transcendência da consciência para os planos do inconsciente coletivo, identificando-se com os arquétipos originais, que encontram no indivíduo um canal de desvelamento próprio na constituição do chamado Self.
Vitriol
Esta dialética entre consciência e inconsciência, foi registrada continuamente pelos alquimistas medievais e se tornava uma linguagem obscura para aqueles que não compreendiam os princípios básicos alquímicos. O Ser Humano se transformou no sagrado cadinho, contendo os 7 elementos alquímicos, que através das influências cósmicas, experimenta no viver e nas relações propiciadas por ela, as diversas formas de manifestação de seu Ego, transmutando-se na Pedra Filosofal que tudo sublima. Foi a este processo que Basile Valetim batizou de V.I.T.R.I.O.L..